tag:blogger.com,1999:blog-37209419174631199222024-03-13T19:49:48.040-07:00CANADA 4 USFlockihttp://www.blogger.com/profile/16884611385864429666noreply@blogger.comBlogger3125tag:blogger.com,1999:blog-3720941917463119922.post-31573214214140305422009-02-19T06:29:00.000-08:002009-02-19T06:30:45.163-08:00CANADA 4 US<p><strong><font color="#800040" size="2">Recebi este texto como sendo de autoria da escritora gaúcha Martha Medeiros. E na minha opinião, cai como uma luva para quem está no processo de mudança....Desfrutem!!!</font></strong></p> <p>DESAPEGO <br /><em>No mural do colégio da minha filha encontrei um cartaz escrito por uma</em> <em>mãe, avisando que estava vendendo tudo o que ela tinha em casa, pois a</em> <em>família voltaria a morar nos Estados Unidos.O cartaz dava o endereço do bazar e o horário de atendimento. Uma outra mãe, ao meu lado, comentou:</em></p> <p><em>_ Que coisa triste ter que vender tudo que se tem.</em></p> <p><em>_Não é não, respondi, já passei por isso e é uma lição de vida! </em></p> <p><em>Morei</em> <em>uma época no Chile e, na hora de voltar ao Brasil, trouxe comigo</em> <em>apenas umas poucas gravuras, uns livros e uns tapetes. O resto vendi</em> <em>tudo,e por tudo entenda-se: fogão, camas, louça, liquidificador, sala de</em> <em>jantar, aparelho de som, tudo o que compõe uma casa. Como eu não</em> <em>conhecia muita gente na cidade, meu marido anunciou o bazar no seu</em> <em>local de trabalho e esperamos sentados que alguém aparecesse. Sentados</em> <em>no chão. O sofá foi o primeiro que se foi. Às vezes o interfone tocava</em> <em>às 11 da noite e era alguém que tinha ouvido comentar que ali estava</em> <em>se vendendo uma estante. Eu convidava pra subir e em dez minutos negociávamos um belo desconto. Além disso, eu sempre dava um abridor</em> <em>de vinho ou um saleiro de brinde, e lá se iam meus móveis e minhas</em> <em>bugigangas. Um troço maluco: estranhos entravam na minha casa e</em> <em>desfalcavam o meu lar, que a cada dia ficava mais nu, mais sem alma . No penúltimo dia, ficamos só com o colchão no chão, a geladeira e a</em> <em>tevê. No último, só com o colchão, que o zelador comprou e,</em> <em>compreensivo, topou esperar a gente ir embora antes de buscar. Ganhou</em> <em>de brinde os travesseiros. </em></p> <p><font color="#800040"><em><b>Guardo esses últimos dias no Chile como o momento da minha vida em que aprendi a irrelevância de quase tudo o</b></em><strong> </strong><em><b>que é material. Nunca mais me apeguei a nada que não tivesse valor</b></em><strong> </strong><em><b>afetivo. Deixei de lado o zelo excessivo por coisas que foram feitas</b></em><strong> </strong><em><b>apenas para se usar, e não para se amar.</b></em><strong> </strong><em><b>Hoje me desfaço com facilidade de objetos, enquanto que torna-se cada</b></em><strong> </strong><em><b>vez mais difícil me afastar de pessoas que são ou foram importantes,</b></em><strong> <i>não importa o tempo que estiveram presentes na minha vida.</i></strong><em> </em></font></p> <p><em>Desejo para</em> <em>essa mulher que está vendendo suas coisas para voltar aos Estados</em> <em>Unidos a mesma emoção que tive na minha última noite no Chile .</em> <em>Dormimos no mesmo colchão, eu, meu marido e minha filha, que na época</em> <em>tinha 2 anos de idade. As roupas já estavam guardadas nas malas. Fazia</em> <em>muito frio.</em> <em>Ao acordarmos, uma vizinha simpática nos ofereceu o café da manhã, já</em> <em>que não tínhamos nem uma xícara em casa. Fomos embora carregando apenas o que havíamos vivido, levando as</em> <em>emoções todas: nenhuma recordação foi vendida ou entregue como brinde.</em> <em>Não pagamos excesso de bagagem e chegamos aqui com outro tipo de</em> <em>leveza.</em></p> <p><strong><i>... e se só possuímos na vida o que dela pudermos levar ao partir, </i></strong></p> <p><em><b>é</b></em><strong> </strong><em><b>melhor refletir e começar a trabalhar o DESAPEGO</b></em><strong> </strong><em><b>!</b></em><strong> by Martha Medeiros</strong></p> Flockihttp://www.blogger.com/profile/16884611385864429666noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3720941917463119922.post-13811947656821824772009-02-19T05:22:00.000-08:002009-02-19T05:29:12.425-08:00<span style="color:#6600cc;"><strong><span style="font-family:arial;">Motivos</span> </strong></span><br /><span style="color:#6600cc;"><br /></span><span style="font-family:arial;color:#000099;"><strong>"A wrong decision isn't forever; it can always be reversed.The looses from a delayed decision are forever; they can never be retrieved." (J. K. Galbraith 1908-2006 )<br /></strong></span><br /></span><div align="justify"><span style="font-family:arial;color:#663366;"><strong>Olá Pessoal!<br />A razão do blog é compartilhar informações com pessoas interessadas em imigrar. No momento não vamos nos identificar e por várias razões. E uma delas é a segurança... Isso não quer dizer que não possamos fazê-lo mais tarde! Mas ainda não é o momento. Temos acompanhado diversos blogs desde que decidimos dar uma guinada em nossa vida e quando se fala em imigração, sempre surge a pergunta: Porque? No final de 2006 um familiar nos comunicou que estava em processo de imigração para o Canadá. Já havia até recebido o pedido de documentos de toda a família. Isso foi um choque....mas logo fomos entendendo as razões e aquilo nos motivou a seguir o mesmo caminho. Então é isso. Já temos familiares morando no Canadá e também nos EUA.Passamos a ler tudo o que podíamos sobre o país e uma das primeiras leituras foi o livro Bye Bye Brazil, da Ana Francesca Cavalcanti Araújo. E assim fomos tomando contato com muitas informações legais. Outro lugar bem interessante foi a página “Me ajuda Maura”, do Orkut; e fomos conhecendo os inúmeros blogs, que colocamos na lista. Cada um com uma história, experiências de vida, anseios, sonhos. Isso nos motivou à reflexão sobre o nosso momento e as perspectivas de futuro para o país. Temos filhos....e não conseguimos ver a “luz no final do túnel...!No geral temos uma vida bem confortável e se ficarmos trancados no pequeno mundo que nos rodeia, está tudo bem. Mas basta sair do portão e as coisas acontecem.... Caos, violência, falta de infraestrutura... notícias bombásticas sobre a corrupção... golpistas por todo o lado. Impostos, impostos, impostos... sem qualquer retorno....migalhas assistencialistas distribuídas junto com o circo. Podemos assegurar que não é nada agradável ouvir o telefone às 3 horas da manhã e uma voz em prantos dizendo: “pai,mãe, me ajuda!!! E logo em seguida, outra voz dizendo: se quiser seu filho vivo, faça isso ou faça aquilo....! Ou então ser interropido no trabalho, por um telefonema dizendo: “quer seu marido/esposa inteirinho devolta? Deposite o dinheiro....!!!!! isso sem contar os assaltos, com novíssimas modadlidades, todos os dias!Não nos faltou ânimo ou ação no sentido de fazermos a nossa parte; seja pagando os pesados impostos ou contribuindo de outras formas. Mas os resultados são ínfimos. A miséria material, moral, intelectual e cultural só faz aumentar e parece que vai contaminando tudo. Não é esse o ambiente que queremos para o desenvolvimento dos nossos filhos. E nós também queremos desfrutar do resultado de uma vida de trabalho duro! E no Brasil essa mudança não vai acontecer tão cedo. Pelo menos não nessa geração ou na próxima.Sabemos que não existe o lugar perfeito mas acreditamos que os semelhantes se atraem. Basta olhar nos blogs para constatar o que esse grupo de brasileiros busca para si e para seus familiares. E o Canadá tem um processo de imigração que, embora nos deixe ansiosos pela demora, permite que no prazo do processo se avalie a firmeza de propósitos. Outra coisa importante é que o país tem um planejamento e busca pessoas que possam acrescentar em termos e desenvolvimento. Em contrapartida, estamos assistindo diariamente o processo de imigração do Brasil: todos os dias chegam ônibus trazendo imigrantes bolivianos, peruanos, equatorianos etc. Pessoas, na maioria, sem qualquer instrução. Em São Paulo, o destino mais comum é o Brás, onde são literalmente escravizados por seus próprios compatriotas. Isso quando não vão inchar mais uma favela. Logo tem um filho no Brasil e vão usar o já precaríssimo sistema de saúde, a péssima escola pública, etc. E a conta vai para a classe média. E é com esse tipo de sistema que se pretende desenvolver o país. A Band News transmitiu uma reportagem em São Paulo, demonstrando que você pode comprar uma pessoa, (um imigrante), por R$500,00! Chega um momento que você percebe que não dá mais! O preço por uma vida digna, que todos merecemos, é muito alto e ao final, não podemos contar com as instituições que deveriam nos proteger.O Brasil tem coisas boas? É claro que tem! Mas colocando tudo na balança achamos que vale à pena arriscar! Vamos abrir mão daquela “zona de conforto” e encarar uma grande virada assim como todos vocês que estão no mesmo processo!Flocki</strong></span></div>Flockihttp://www.blogger.com/profile/16884611385864429666noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3720941917463119922.post-82986093794251444892009-02-04T05:52:00.000-08:002009-02-04T05:53:11.278-08:00<a href="http://2.bp.blogspot.com/_OPfrS5jXspE/SYmdv7anrHI/AAAAAAAAABQ/rjgGyg3kZU0/s1600-h/canada.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5298939883306855538" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 275px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/_OPfrS5jXspE/SYmdv7anrHI/AAAAAAAAABQ/rjgGyg3kZU0/s400/canada.jpg" border="0" /></a><br /><div></div>Flockihttp://www.blogger.com/profile/16884611385864429666noreply@blogger.com0